Opinião: Confiança da construção aumenta

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Opinião: Confiança da construção aumenta
Ilustração Confiança da construção
Mas ainda faltam medidas adicionais e relevantes como acesso fácil ao crédito imobiliário e juros menores

Segundo a Sondagem da Construção da FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), o Índice de Confiança da Construção ficou estável no mês, permanecendo em 85,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador avançou ligeiramente, na quinta alta consecutiva. As expectativas aproximam-se da faixa de 100 a 110 pontos, a qual denota otimismo moderado.

O Índice de Situação Atual das empresas e o indicador da situação presente dos contratos ainda estão insatisfatórios. Mas ambos subiram em janeiro para o maior nível desde 2015.

Entretanto, o Índice de Expectativas sobre o desempenho futuro das empresas caiu ligeiramente, puxado pelo indicador da demanda prevista para os próximos três meses, que recuou um pouco.

Já a Sondagem da Indústria da Construção da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) mostra que os empresários e executivos do setor apostam no aumento do nível de atividade, do emprego e dos novos empreendimentos nos próximos seis meses.

Numa escala que vai de 0 a 100, o índice de expectativas sobre o nível de atividade subiu para 58,4 pontos, o de novos empreendimentos aumentou para 58,1 pontos, o de emprego alcançou 56,1 pontos e o de compra de insumos e matérias-primas atingiu 56,5 pontos, denotando a confiança moderada dos entrevistados.

O índice de intenção de investimentos, embora ainda baixo, elevou-se para o maior nível desde janeiro de 2014. Este indicador cresceu de outubro para janeiro. O Índice de Confiança do Empresário da Construção alcançou 63,7 pontos. Pela primeira vez desde 2014, os empresários e executivos consultados mostraram-se otimistas em relação aos negócios futuros.

Ações decisivas como a reforma da Previdência serão relevantes para que este otimismo resulte numa expansão robusta da indústria da construção, com geração massiva de empregos.

No entanto, há também a necessidade de medidas relevantes que facilitem a construção e a aquisição de imóveis. O setor imobiliário ganharia um impulso decisivo se o acesso ao crédito bancário fosse facilitado e os custos dos financiamentos de longo prazo, reduzidos. Apesar das sucessivas quedas dos juros básicos da economia, os juros no crédito imobiliário ainda não caíram.

Os elevados custos com os tributos, seu cálculo e recolhimento também demandam redução e simplificação. A anunciada intenção do governo de reduzir a tributação sobre as empresas e taxar os dividendos é correta, apenas precisa ser bem calibrada para evitar que resulte numa elevação disfarçada da carga tributária, o que afugentaria investimentos

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