Obras paradas do PAC equivalem a R$ 135 bilhões

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

Obras paradas do PAC equivalem a R$ 135 bilhões

As 4,7 mil obras paradas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) equivalem a R$ 135 bilhões de investimentos. Desse total, aproximadamente R$ 65 bilhões já foram executados e a retomada dos empreendimentos pode ajudar a gerar 500 mil postos de trabalho. Essas são as principais conclusões do estudo Obras Paralisadas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apresentado em 10 de abril em Brasília pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

Segundo o estudo, os estágios de execução dos empreendimentos são bem diversos e equilibrados: até 10% de andamento, são 183 obras; de 11% a 30%, 196 obras; de 31% a 50%, 165 obras; de 51% a 70%, 168 obras; de 71% a 90%, 158 obras; e de 91% a 100%, 130 obras.

Do total, 29,8% das obras paralisadas são de urbanização de assentamentos precários, 22,4% de saneamento e 14,8% de creches e pré-escolas.  Ao todo, 94% dos empreendimentos foram gerados pelos Ministérios das Cidades (atual Ministério do Desenvolvimento Regional), da Saúde e da Educação.

De acordo com os dados, 27,4% dos empreendimentos estão parados devido a problemas com documentação, 14,8% por questões relacionadas a boletins de medição, 13% por reprogramação, e 10,4% por pendências com licitação. Esses quatro motivos correspondem a 66% do total.

A saúde é outra área gravemente afetada pelos empreendimentos interrompidos no país. Ao todo, 1.709 novas unidades básicas de saúde (UBS) aguardam conclusão há até quatro anos. Elas representam 36% do total de obras paralisadas.

Com uma amostragem de 500 UBSs analisadas do total, o levantamento aponta que mais da metade delas estão com mais de 70% de execução; 80% possuem investimento de até R$ 500 mil; mais da metade estão no Nordeste (em quantidade e em investimento).

A conclusão final do estudo aponta que grande parte das obras é de baixo valor e está em estado bastante adiantado. “As obras estão bem disseminadas pelo Brasil e sobretudo em áreas bem carentes, com possibilidade real de movimentar de imediato a economia local, gerando emprego nas pequenas construtoras. Além disso, diversas obras de assentamentos precários, com impactos sociais profundos. É preciso retomar já!”, finaliza o estudo.

A íntegra do estudo está disponível aqui

Com informações da CBIC 

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