Marcio França é sabatinado por associações do setor

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

Marcio França é sabatinado por associações do setor
Lores sabatina candidato Marcio França (PSB)

O candidato à prefeitura da cidade de São Paulo pelo PSB, Marcio França participou no dia 13 de outubro da série de encontros promovida pelas entidades do setor: SindusCon-SP, Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), IE (Instituto de Engenharia) e Secovi-SP (Sindicato da Habitação), com mediação do jornalista Raul Juste Lores, diretor da revista Veja São Paulo e comentarista da rádio CBN.

Em seu plano de ação, França, quando eleito, pretende cuidar do alto volume de habitantes morando nas ruas da cidade: 30 mil de cidadãos de diversas idades.

Em relação à Lei de Zoneamento, França destacou que as ocupações tomaram conta das bordas e ribanceiras das represas nas periferias da cidade, que já tinham sido desocupadas. “São ocupações em territórios íngremes e sem regularização debaixo dos olhos de várias subprefeituras”.

Em relação ao Plano Diretor da cidade, França destacou que é necessário a sua atualização porque existem trechos que foram elaborados há vinte anos e precisam de atualização. “Atualmente, o tempo é de grave crise e será necessário criar algumas regras de exceção, baratear os preços das outorgas, permitir a entrada de novos investimentos para que investidores construam na cidade, e ter mecanismos para facilitar as construções em relação aos alvarás, por exemplo”.

O candidato ressaltou que o setor de construção civil deve receber especial atenção justamente por ser o que mais rapidamente traz retorno social e econômico para a cidade e seus habitantes, como novas moradias e empregos.

Em relação ao Plano Diretor, o candidato destacou que o empreendedor deve ser tratado de forma diferente, sem impedimentos. “Vamos criar um mecanismo jurídico para que o empreendedor possa investir. Hoje a regra é atrapalhar tudo e não deixar nada até que se prove o contrário. Vamos mudar: pode tudo, queremos os investimentos e vamos facilitar. Se a outra parte mentir ou falsificar dados será punido devidamente depois”, afirmou, ressaltando que a lógica tem que ser investimento pleno e obra plena.

Adensamento e mobilidade

Colocar a população no centro é a regra número 1 e atualmente existem 800 prédios desocupados. “Cabe aos empresários do setor ofertarem esses imóveis prontos e já documentados para que a prefeitura possa adquirir e disponibilizar para a população como residências com subsídio da prefeitura. “A prefeitura não irá desapropriar, mas vamos fazer lotes urbanizados nas periferias de 125 metros quadrados e no centro retrofits de 50 metros quadrados nos quais as construtoras compram e a prefeitura compra as propriedades”, afirmou.

Quando questionado sobre mobilidade, França tratou sobre o projeto de colocar todos os ônibus gratuitos aos domingos com o custo pago pelo investimento em publicidade dentro dos veículos em circulação. Além disso, planeja interligar em um único sistema (aplicativo) todos os dados sobre os transportes públicos (ônibus, trem e metrô) para que a população possa se organizar e utilizar de forma inteligente e evitar aglomeração. “Na medida que o passageiro adquirir um produto ou serviço no trajeto será beneficiado com um pequeno reembolso. Assim estimularíamos as pessoas a abandonarem o transporte particular e usar o transporte público de qualidade”, afirmou, ressaltando que foram tirados 3 mil ônibus de circulação nos últimos anos.

De acordo com o candidato, a compartimentação das aberturas dos comércios e empresas nas regiões da cidade durante a pandemia trouxe melhorias para o trânsito de São Paulo.

2021

França acredita que o pior momento econômico e social da cidade será em janeiro de 2021 quando a população viverá um alto índice de desemprego, seguido de uma recessão econômica pós-pandemia. “Tenho muita preocupação com o fim da pandemia e dos auxílios emergenciais porque mais de 2 milhões de habitantes adultos vivem com 600 reais, além de muitos outros habitantes que já tiveram seus contratos trabalhistas reduzidos ou suspensos”, afirmou.

Para ele, a prefeitura de São Paulo é a única que pode reorientar o país, que não tem vocação para o estilo de adversidade imposto por outros governos. “Fomos ensinados de ter convivência harmônica, sem agredir os outros”, afirmou.

O planejamento de França para o começo de 2021 é de uma situação de emergência porque se, segundo ele, a cidade não tiver uma situação harmônica, a realidade será de graves problemas. “Tenho um plano de envolve R$ 2,5 bilhões para podemos ajudar financeiramente 25 mil comerciantes para que abram as suas portas com estoques e funcionários”, afirmou.

Na sequência, o plano do candidato visa uma linha de microcrédito de R$ 3 mil para 150 mil habitantes para empreenderem em pequenos negócios. Além disso, haverá uma frente de trabalho que envolve 120 mil pessoas que vão receber 600 reais mensais para se qualificarem e trabalharem em alguns dias da semana ajudando nos serviços gerais da cidade.

Para executar seu planejamento que custará R$ 2,5 bilhões, o candidato irá eliminar no primeiro ano 99% dos cargos de comissão – de livre nomeação – , que somam sete mil funcionários que ganham em média 10 mil reais por mês, o que gerará uma economia de 800 milhões de reais. O restante será retirado nos primeiros dois anos de trabalho de contratos e convênios antigos com organizações sociais, que ainda estão em execução.

Candidato

Nascido em São Vicente (no litoral de São Paulo), Márcio Luiz França Gomes, de 57 anos, é formado em Direito. Desde 1988 é filiado ao PSB e foi vereador de São Vicente (1992 e 1996) e prefeito de São Vicente por dois mandatos.

Em 2007, assumiu como deputado federal. Em 2010, atuou como secretário de Turismo e, em 2015, além de vice-governador, foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado.

Em 2018, assumiu como governador durante oito meses e disputou a reeleição, chegando ao segundo turno. Ele é casado com a professora Lúcia França e tem dois filhos.

A íntegra do debate está disponível aqui

Os encontros 

Assista nos links abaixo aos debates realizados:

7 de outubro – Arthur do Val (Patriota)

13 de outubro – Márcio França (PSB)

Assista pelo canal do Secovi-SP no YouTube aos demais confirmados:

14 de outubro – Andrea Matarazzo (PSD)

20 de outubro – 17h – Jilmar Tatto (PT)

21 de outubro – 17h – Joice Hasselmann (PSL)

27 de outubro – 17h – Guilherme Boulos (PSOL)

4 de novembro – 17h – Bruno Covas (PSDB)

Com informações do PSB

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