Mais de 66% das indústrias de transformação de São Paulo não buscaram crédito em 2022

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

Mais de 66% das indústrias de transformação de São Paulo não buscaram crédito em 2022

Principal motivo foi a não necessidade, seguido pela taxa de juros elevada, informa Fiesp

Mais de 66% das indústrias de transformação de São Paulo não buscaram crédito em 2022. O principal motivo foi a não necessidade, seguido pela taxa de juros elevada. As informações são da pesquisa Rumos da Indústria Paulista – Acesso ao Crédito e suas Dificuldades de junho de 2022, realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Dentre um terço das indústrias que fizeram a busca por crédito, a principal foi por capital de giro e a antecipação de recebíveis. Para estas empresas, quase 90% indicaram que a taxa de juros está pior ou muito pior em relação ao ano anterior. Já o prazo para pagamento, a carência, as garantias e a burocracia se mantem as mesmas que o ano de 2021.

Segundo o levantamento, a principal faixa de juros mensal encontrada pelas indústrias foi entre 1,0% e 2,5%; o prazo para pagamento mais citado foi de 30 a 36 meses ou acima de 36 meses e já a carência encontrada foi menor que 2 meses para 37,1% dos que solicitaram crédito.

Em relação às principais garantias exigidas foram citadas os recebíveis, aval dos sócios, imóveis e aplicação financeira. Sete em cada 10 dos respondentes indicaram que conseguiram o crédito solicitado. Dos que não conseguiram, 39,3% negaram a operação principalmente devido a taxa de juros elevada. Já 35,7% indicaram que a instituição financeira negou a operação, com o motivo de ausência de garantias e o limite já utilizado.

Os dados foram apresentados na reunião da diretoria da Fiesp com Presidentes e Delegados dos Sindicatos filiados, realizada no último dia 27 de junho. Participaram do evento, o presidente da Fiesp, Josué Christiano Gomes da Silva, e João Claudio Robusti, representando o SindusCon-SP.

No encontro foi apresentada também a pesquisa “Matérias Primas – 21ª Edição” realizada pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp. O levantamento analisa as variações de preços das matérias primas com mais dificuldades em oferta e/ou preços em maio: Aços, Componentes eletrônicos, Papel, Resinas plásticas e Alumínio. “A desvalorização do real e o aumento dos preços internacionais (em dólares) influenciam os reajustes de preços das matérias primas elevados”, ressalta o levantamento.

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