Flavio Amary assume presidência do Secovi-SP

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Flavio Amary assume presidência do Secovi-SP

O empresário Flavio Amary assumiu oficialmente, dia 1º de fevereiro, a presidência do Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo) para o biênio 2016/2018. Ele substitui Claudio Bernardes, que ficou no cargo por dois mandatos.
Amary passa a dirigir o Secovi-SP em um momento político e econômico bastante difícil no Brasil e particularmente complicado para o mercado imobiliário. Somente na cidade de São Paulo, de janeiro a novembro de 2015, os lançamentos caíram 35% e as vendas 6%, com relação ao mesmo período de 2014. Sem contar que mais de 40 mil trabalhadores da construção civil perderam o emprego no ano passado.
“O cenário é desafiador, mas estou confiante que iremos revertê-lo. O setor imobiliário brasileiro já passou por inúmeras crises e sobreviveu. Agora, tenho certeza que sairemos mais fortalecidos e maduros”, afirma o dirigente.
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Liderança
Amary exerceu cargos de liderança em associações e entidades sindicais como a Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano (Aelo), o Conselho Estadual de Habitação (CEH/SP) e o Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social (FPHIS/SP). Amary também já foi diretor da regional do Secovi-SP em Sorocaba, e vice-presidente do Interior do sindicato.
O Portal SindusCon-SP conversou com Flávio Amary sobre os desafios que terá pela frente:
Como enfrentar os desafios do setor com perspectivas tão difíceis para 2016?
Essa é a pergunta cuja resposta vale um bilhão de dólares. Na verdade, o governo precisa estruturar, urgentemente, um programa para estimular o empresário a produzir. Para retomar os negócios a médio prazo, os empreendedores imobiliários necessitam de incentivo fiscal real. Vivemos em constante insegurança jurídica, e isso atrapalha muito os negócios imobiliários. O baixo nível de investimento, em razão dos riscos institucionais, afugentam os investidores e nos colocam na contramão do mundo.
Para reverter o cenário de estagnação e de falta de confiança, é necessário que o governo federal controle os gastos públicos e diminua o tamanho do Estado. É urgente controlar a inflação, porque ela é veneno para o nosso setor, aqui ou em qualquer parte do mundo. O setor da construção civil demitiu, em 2015, mais de 400 mil trabalhadores e para evitar novas demissões, o governo federal tem de pagar os quase R$ 7 bilhões que deve às empresas do setor que apostaram no programa Minha Casa, Minha Vida. Empresarialmente, temos de buscar alternativas de empreender em novos nichos de mercado e, assim, preservar o nosso setor para a recuperação futura, que não sei se virá ainda este ano ou nos próximos anos. Já encolhemos por falta de confiança, e esse encolhimento vai ser percebido lá na frente, porque a queda nos lançamentos aliada à redução da oferta, levará à diminuição de imóveis novos disponíveis no mercado para a venda, com consequente pressão para o aumento dos preços. De qualquer maneira, não podemos desistir.
Na sua avaliação, como a parceria Secovi-SP/SindusCon-SP pode ser fortalecida?
Quanto mais o setor produtivo e formal se unir e caminhar na mesma direção, maior será a sinergia e a força para superar obstáculos, ampliar as conquistas e comemorar as vitórias. O SindusCon-SP é parceiro de décadas, entidade coirmã do Secovi-SP e quero, cada vez mais, que esses laços se fortaleçam. A cadeia imobiliária compreende tanto as empresas representadas pelo Secovi-SP quanto as representadas pelo SindusCon-SP. Logo, um sindicato complementa o outro e juntos representam um dos mais importantes segmentos econômicos do País. Vamos desenvolver novas parcerias, realizar eventos e estudos conjuntos. Trabalhar para o mesmo fim.
Quais são os projetos prioritários para o Secovi-SP em 2016?
Pretendemos, principalmente, ouvir os empresários representados pelo sindicato. A partir dessa maior proximidade, desenvolver estudos, trabalhos, indicadores que mostrem ao grande público a importância e a pujança desse segmento. Sem estimular a construção civil e imobiliária a produzir, sem permitir que a população de mais baixa renda acesse à moradia digna, sem promover a igualdade social por meio do trabalho formal – e o nosso setor é um dos que mais geram empregos diretos e indiretos –, nenhuma nação é capaz de crescer e melhorar social e economicamente. Em 2008, quando a crise financeira internacional atingiu o Brasil, o nosso setor foi o responsável por ajudar o País a crescer e a ficar blindado contra os efeitos daquela crise. Lamentavelmente, o governo federal não aproveitou os ventos favoráveis, cometeu uma infinidade de erros e equívocos, que desencadearam a essa crise atual. Queremos mostrar para a sociedade e para o poder público que a construção civil e imobiliária é a porta de saída para essa crise. Além de construir casas, construímos educação e cidadania, e geramos riquezas.
 
 

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