Financiamentos imobiliários voltam a crescer em maio

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Financiamentos imobiliários voltam a crescer em maio

Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 7,13 bilhões em maio – crescimentos de 6,5% em relação ao mês anterior e de 8,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os dados são da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Mesmo com o país estando sob isolamento social pelo segundo mês consecutivo, o volume financiado em maio foi praticamente igual ao de janeiro (mês anterior à pandemia), denotando reduzido impacto da Covid-19 sobre o crédito imobiliário com recursos da Poupança.

Comparando o acumulado dos cinco primeiros meses de 2020 ao do mesmo período de 2019, os empréstimos destinados à aquisição e à construção de imóveis avançaram 23,2%, atingindo R$ 34,08 bilhões.

No acumulado de 12 meses (junho de 2019 a maio de 2020), o volume de empréstimos somou R$ 85,13 bilhões, alta de 30,5% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.

Unidades financiadas

Foram financiados em maio, nas modalidades de aquisição e construção, 24,8 mil imóveis, resultados 5% superior ao de abril e 8,8% maior do que o apurado em maio de 2019.

Entre janeiro e maio de 2020, foram financiadas aquisições e construções de 127,55 mil unidades, 19,3% a mais que o de igual período de 2019.

Nos últimos 12 meses (junho de 2019 a maio de 2020), os financiamentos viabilizaram a aquisição e a construção de 318,6 mil imóveis, alta de 24,4% em relação aos 12 meses anteriores, quando 256,1 mil unidades foram financiadas pelos recursos da Poupança.

Captação cresce

A captação líquida das Cadernetas de Poupança atingiu R$ 30,3 bilhões em maio, estabelecendo novo recorde mensal na série histórica iniciada em julho de 1994. O melhor resultado anterior havia sido registrado em abril deste ano, mês em que a captação líquida alcançou R$ 24,6 bilhões.

Na análise da Abecip, alguns fatores voltaram a contribuir para esses dois resultados: investimento na Poupança por conta da queda da rentabilidade das demais aplicações e perdas no mercado acionário; redução do consumo devido ao isolamento social pagamento do auxílio emergencial, e maior preocupação financeira com o futuro próximo.

A captação líquida positiva e o crédito de rendimentos elevaram o saldo das cadernetas para R$ 717,7 bilhões no final de maio, com variação positiva de 5% em relação ao mês anterior, e de 16,6% em relação a igual período de 2019.

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