Financiamento da Indústria: aumento da inadimplência e pandemia preocupam

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

Financiamento da Indústria: aumento da inadimplência e pandemia preocupam

Situação do Financiamento na Indústria, pesquisa realizada pelo Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria e Acelera Fiesp (Dempi Acelera) revelou que as linhas de crédito tomadas se mantiveram iguais e a carência da maioria dos financiamentos vencerá até o final de março, sendo que 78,3% dos financiamentos têm prazos superiores a 2 anos.

A íntegra do estudo foi apresentada em reunião da diretoria da Fiesp com os presidentes e delegados de sindicatos filiados no dia 12 de abril. O representante do SindusCon-SP junto à Fiesp, João Claudio Robusti, participou do encontro.

De acordo com o estudo, 73,5% das empresas da pesquisa comprometeram até 10% da receita com pagamento de financiamento e o comprometimento da receita com pagamento de financiamento é maior nas MPIs. “Cerca de 70% das médias e 87,5% das média-grandes têm financiamentos com créditos livres, cujas condições de financiamentos são menos vantajosas do que em linhas emergenciais”.

A apresentação da Fiesp destaca que no começo da pandemia, as MPIs se endividaram em crédito livre; enquanto as médias também só tiveram acesso aos programas emergenciais a partir julho de 2020. Assim, o endividamento desses portes na modalidade crédito livre preocupa, pois esses financiamentos apresentam carência, prazo e taxa de juros desfavoráveis se comparados as linhas emergenciais.

Diante do quadro apresentado, o alerta da Fiesp é que apesar do endividamento em linha com a média histórica, o aumento da inadimplência unido ao recrudescimento da pandemia preocupa. “Seria de suma importância as empresas procurarem seus agentes financeiros para a renegociação de seus empréstimos”, recomenda.

A Fiesp, por meio do Dempi, se reunirá com os agentes financeiros para expor os resultados das pesquisas e, por meio do seu presidente Paulo Skaf, tem atuado junto ao Ministério da Economia quanto ao alongamento de carência e prazo de todas as linhas emergenciais, a exemplo do que já foi efetuado com o PRONAMPE.

A amostra da 2ª Pesquisa, realizada entre 3 de fevereiro e 19 de fevereiro, contou com 362 respondentes; sendo MPI 31,8%; Médias 53,9%; Média-grandes: 9,9%; e, Grandes 4,4%.

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