FGV: cresce a confiança dos empresários da construção 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

FGV: cresce a confiança dos empresários da construção 

Os empresários da construção estão menos pessimistas. O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 5,2 pontos em junho, para 92,4 pontos, registrando a segunda alta consecutiva. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,2 ponto, a primeira elevação no ano.

Foi o que registrou a Sondagem da Construção do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), realizada de 1 a 23 de junho, junto a 664 empresas do setor. A pontuação vai de 0 a 200, sinalizando otimismo a partir de 100.

Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV/Ibre, destacou ter sido esta a maior alta mensal do Indicador de Confiança da Construção desde julho do ano passado. Com isso, o indicador recuperou o nível do início do ano.

“A pressão dos preços das matérias primas sobre os orçamentos e novos projetos não arrefeceu e continua sendo um dos grandes obstáculos às atividades das empresas. No entanto, prevaleceu a percepção de que a alta dos preços não está afetando a demanda, que voltou a crescer, sinalizando uma melhora do ambiente de negócios atual com repercussão muito positiva sobre as expectativas. A grande questão é em que medida essa melhora se sustenta, ou seja, se a demanda suportará o repasse dos aumentos de custo”, avaliou Ana Castelo.

O resultado positivo do ICST em junho refletiu a melhora das expectativas e da percepção dos empresários na avaliação sobre o momento atual. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 4 pontos, para 89,5 pontos, maior nível desde fevereiro deste ano (90 pontos). A alta do ISA-CST foi influenciada principalmente pela melhora do indicador de situação atual dos negócios, que subiu 6,2 pontos, para 92,6 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 6,4 pontos, para 95,4 pontos, maior nível desde dezembro de 2020 (95,5 pontos). Esse resultado se deve à melhora do indicador de demanda prevista, que subiu 8,2 pontos, para 95,9 pontos, e o de tendência dos negócios, que subiu 4,3 pontos, para 94,8 pontos.

Melhora por segmentos 

A percepção de melhora no ambiente de negócios corrente e futuro, embora disseminada entre os segmentos do setor, teve a maior contribuição dos segmentos de Edificações Residenciais e Não Residenciais e de Serviços Especializados. A confiança das empresas de infraestrutura cresceu menos, mas está em melhor nível.

“Vale notar que de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério da Economia), nos primeiros quatro meses do ano, nos três segmentos, as contratações superaram as demissões, mas Edificações e Serviços têm liderado a geração de emprego com carteira no setor. A alta das expectativas sinaliza continuidade desse movimento de geração líquida de empregos na construção”, observou Ana Castelo.

Utilização da capacidade 

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção subiu 3 pontos percentuais (p.p.), para 77,4%. A maior contribuição veio do Nuci de Mão de Obra, que avançou 3,2 p.p, para 78,9%. Já o Nuci de Máquinas e Equipamentos subiu 0,8 p.p, para 70,3%.

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