Empresário da construção segue otimista mas menos disposto a investir

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Empresário da construção segue otimista mas menos disposto a investir

 

Pesquisa da CNI mostra expectativas favoráveis para os próximos seis meses 

Embora permanecendo com expectativas otimistas para os próximos seis meses, os empresários da construção registram menos intenção de investir. 

Este é um dos resultados da Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), com apoio da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção, no período de 1 a 10 de fevereiro, junto a 428 empresas, sendo 157 pequeno porte, 183 médio porte e 88 de grande porte. A pontuação vai de 0 a 100, denotando otimismo a partir de 50.  

O Índice de Expectativas variou 0,2 ponto, para 60,1 pontos, demonstrando estabilidade em relação às expectativas de janeiro. 

O índice de expectativa em relação ao nível de atividade subiu em 1,2 ponto, para 58,5 pontos, enquanto o índice de expectativa de compra de insumos e matérias-primas subiu em 1 ponto, para 56,9 pontos. 

Já o índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços subiu 0,8 ponto, para 56,6 pontos. Com o menor avanço, o índice de expectativa do número de empregados subiu 0,4 ponto, para 55,9 pontos. 

Entretanto, em fevereiro, o índice de intenção de investimento da indústria da construção caiu 1,2 ponto, para 43,6 pontos. O indicador tem apresentado um comportamento volátil mês a mês desde o início da pandemia de Covid-19. A despeito disso, a intenção de investir de fevereiro de 2022 segue elevada na comparação com a média histórica. 

Confiança cresce 

Em fevereiro, o Índice de Confiança do Empresário (Icei) da indústria de construção avançou 0,8 ponto, para 56,6 pontos. Por estar acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, o índice é indicativo de que os empresários da construção estão confiantes. 

A alta do Icei em fevereiro revela aumento da confiança do empresário na comparação com o mês anterior. É a terceira alta mensal consecutiva do índice, embora todas graduais, inferiores a 1 ponto. 

A percepção dos empresários do setor em relação às condições correntes de seus negócios se tornou menos negativa em fevereiro. O índice de Condições Atuais avançou 2,1 pontos, de 47,5 pontos para 49,6 pontos. Apesar do avanço, por seguir abaixo da linha divisória de 50 pontos, o índice segue indicando piora das condições atuais, na avaliação dos empresários. 

Atividade declina 

Em janeiro, o índice do nível de atividade ficou em 47,4 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa aumento de queda do nível de atividade. Isso demonstra queda. O índice, entretanto, é o melhor para o mês de janeiro desde 2010 (quando registrou 50,8 pontos), ou seja, a queda do nível de atividade na virada do ano foi menos intensa que em anos anteriores. 

O índice do número de empregados ficou em 47,9 pontos, abaixo da linha divisória que separa aumento da queda do emprego, demonstrando recuo do número de empregados em janeiro frente a dezembro. 

Utilização da capacidade cai 

Em janeiro de 2022, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) recuou 1 ponto percentual em relação a dezembro, para 65%. Apesar do recuo, a UCO de janeiro é a maior para o mês desde 2014, quando a UCO se situava em 70%. O percentual também é superior à média histórica (62%).

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