Emprego na construção brasileira cai 0,61% em novembro

O nível de emprego na construção civil brasileira registrou queda de 0,11% em novembro, na comparação com outubro. Foram fechados 14.602 postos de trabalho. No acumulado de 2018, porém, ainda se registrava crescimento, de 3,26% (+74.570 empregos). Ao final de novembro, o setor empregava 2.363.433 trabalhadores.

Ao se dessazonalizar* os dados, o emprego teria registrado alta de 0,12% em novembro, na comparação com o mês anterior (2.735 contratações). Os dados são da pesquisa mensal do SindusCon-SP realizada em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do governo federal.

“Com a conclusão de uma série de obras, novembro geralmente registra queda na atividade do setor e, consequentemente, no emprego”, comenta o presidente do SindusCon-SP, Odair Senra. “Possivelmente, nova queda deverá se registrar em dezembro, quando a atividade do setor costuma cair um pouco mais”, afirma.

Segmentação 

Em novembro, na comparação com outubro, a maioria dos segmentos da construção registrou quedas, sendo as maiores em: Infraestrutura (-1,62%), Preparação de terreno (-1,17%), Imobiliário (-0,96%) e Obras de acabamento (-0,76%). As que tiveram maiores altas foram Obras de instalação (+0,89%) e Serviços de Engenharia e Arquitetura (+0,27%).

Nos 12 meses concluídos em novembro, apresentaram crescimento Serviços de Engenharia e Arquitetura (+7,33%) e Obras de instalação (+5,70%). Os demais mostraram declínio, especialmente: Obras de acabamento (-2,34%), Incorporação de imóveis (-1,95%), Imobiliário (-1,31%) e Infraestrutura (-1,16%).

Regiões e estados do Brasil

Os resultados de novembro na comparação com o mês anterior mostram quedas do emprego em todas as regiões e em quase todos os estados.

 

Centro-Oeste: -1,83%

Distrito Federal: -0,70%

Goiás: -2,16%

Mato Grosso: -3,58%

Mato Grosso do Sul: -0,71%

 

Nordeste: 0,35%

Alagoas: -1,38%

Bahia: 0,32%

Ceará: -1,14%

Maranhão: -0,85%

Paraíba: -0,39%

Pernambuco: -0,23%

Piauí: -1,53%

Rio Grande do Norte: 0,04%

Sergipe: 0,35%

Norte: -2,57%

Acre: -4,73%

Amapá: -2,66%

Amazonas: -2,12%

Pará: -1,71%

Rondônia: -3,50%

Roraima: 1,47%

Tocantins: -6,88%

 

Sudeste: -0,44%

Espírito Santo: 0,13%

Minas Gerais: -1,29%

São Paulo: -0,36%

Rio de Janeiro: 0,41%

 

Sul: -0,18%

Paraná: 0,14%

Rio Grande do Sul: -0,26%

Santa Catarina: -0,49%

 

Estado de São Paulo

O emprego na construção paulista em novembro caiu 0,36% em relação ao mês anterior (-2.359 postos de trabalho). Desconsiderando efeitos sazonais, teria havido alta de 0,15% (+977). No acumulado do ano, registrava-se aumento de 1,47% (+9.365). Ao final daquele mês, o setor empregava de 645,2 mil trabalhadores.

Na comparação com o mês anterior, apresentaram as maiores queda os segmentos de Imobiliário (-1,22%), Obras de Acabamento (-1,07%) e Preparação de terreno (-0,65%). Apenas Obras de instalação mostraram alta, de 1,76%.

Município de São Paulo

Na capital paulista, que respondeu por 43,05% do total de empregos no setor no estado, houve queda de 0,48% em novembro em relação a outubro (-1.327 vagas). Em 12 meses, São Paulo registrava retração de -1,50% (-4.232 vagas).

Entre as regionais do SindusCon-SP, as maiores quedas no emprego aconteceram nas São José do Rio Preto (-1,92%), Sorocaba (-1,40%) e Santos (-1,14%). As maiores altas ocorreram nas regionais de Ribeirão Preto (1,17%) e Campinas (0,87%).

 

Emprego por regiões do Estado de São Paulo (novembro de 2018)
Região	Variação mensal (%)	Variação absoluta do estoque
Bauru	-1,08	-360
Campinas	0,87	604
Presidente Prudente	0,32	25
Ribeirão Preto	1,17	543
Santo André	0,44	180
Santos	-1,14	-239
São José do Rio Preto	-1,92	-521
São José dos Campos	-0,59	-2.006
São Paulo (sede)	-0,48	-1.327
Sorocaba	-1,40	-940

 

*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que acontecem tipicamente em um mesmo período do ano.