É hora de industrializar a construção residencial

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

É hora de industrializar a construção residencial

O SindusCon-SP e a AsBEA-SP (Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura) entendem ser inadiável intensificar, na construção residencial, a industrialização já adotada com sucesso em obras comerciais, institucionais e de infraestrutura.

A construção civil avançou nas últimas décadas, focada na racionalização de custos e prazos. Mas o verdadeiro salto nesta evolução, para atingir outro patamar, somente será possível repensando a construção como um processo de montagem.

Entre outros benefícios deste conceito, na fase de incorporação a construção industrializada reduz prazos, otimiza o retorno do investimento, clareia custos de construção, gera menos aditivos, reduz desperdício de mão de obra e materiais. Oferece mais opções de terrenos, por viabilizar canteiros com pouco espaço. Adota sistemas esbeltos que possibilitam maior área útil das unidades habitacionais, layouts mais flexíveis e facilidade de manutenção e reformas.

Atuando desta forma, desde o início da fase de projeto, entre outras vantagens figuram maior interação entre as equipes de projeto e obra, claro entendimento dos sistemas e suas interfaces, uso de sistemas modulares com dimensionamento adequado, otimização das soluções de interferências, melhora da garantia de desempenho, maior detalhamento de projetos evitando erros na construção, otimização do uso de ferramentas avançadas aplicadas ao projeto e gestão de obras como BIM e IoT (siglas em inglês para Modelagem da Informação da Construção e Internet das Coisas), e possibilidade de carga menor nas estruturas e fundações.

Na obra, serão alcançados maior produtividade, redução de prazos e custos, trabalhadores mais qualificados, ganhos de gestão pela quantidade menor de fornecedores e de contratos. Haverá maior assertividade nos quantitativos e recursos necessários, montagens prévias fora dos canteiros, redução de patologias, otimização da logística e do planejamento da obra. E mais sustentabilidade, com menor geração de resíduos e uso mais eficiente de água e energia.

Os consumidores se beneficiarão. O custo final diminuirá, patologias e custos de manutenção se reduzirão, layouts serão mais flexíveis facilitando reformas. O mercado imobiliário se desenvolverá, atraindo novos fornecedores, ganhando escala e reduzindo custos.

Para tanto, recomendam-se boas práticas como:

  • considerar construção modular, produtos padronizados e repetitividade como premissas de projeto.
  • definir os sistemas no início, antes do projeto de fundações e estrutura, para a correta especificação e possibilitando soluções mais esbeltas.
  • analisar o custo global, considerando as economias ao longo de toda a vida do empreendimento.
  • contratar os fornecedores dos sistemas no início do projeto.
  • analisar o cronograma de desembolso antecipado em caso de entregas mais rápidas, ou a postergação de desembolsos para o início das obras, em entregas usuais.
  • verificar a necessidade de sistemas específicos de transporte no canteiro e entorno.
  • contratar mão de obra treinada pelo fornecedor do sistema.
  • Privilegiar fornecedores de sistemas com bom histórico.
  • Adquirir sistemas completos e sem adaptações, testados e certificados.

O aspecto social tem relevância significativa neste processo, começando pela maior capacitação e segurança para os colaboradores do canteiro de obra, e finalizando com ambientes de maior conforto aos usuários pela sua qualificada construção. Tanto consumidores finais, como todos os profissionais envolvidos na cadeia produtiva, beneficiam-se deste processo.

Ao promover a industrialização nas construções residenciais seremos capazes de incentivar a inovação de forma sustentável com incremento de produtividade e dando maior pujança à produção de habitação no país.

Assim, teremos incorporações mais assertivas, projetos mais precisos, execução de obras otimizadas e maior satisfação dos adquirentes.

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