CUB varia 0,35% em janeiro no Estado de São Paulo
Alta foi puxada pelos preços dos materiais de construção, que subiram 0,82%
O Custo Unitário Básico (CUB) global da indústria da construção do Estado de São Paulo aumentou 0,35% em janeiro, na comparação com dezembro. O dado é do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e da FGV (Fundação Getulio Vargas). O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos básicos da construção, utilizado para os necessários orçamentos e quadros de áreas para acompanhar o Registro de Incorporação dos empreendimentos.
Em janeiro, os custos dos materiais de construção se elevaram em 0,82%, na comparação com dezembro. Já os custos das construtoras com mão de obra e administrativo (salário dos engenheiros) não sofreram variação.
No acumulado de 12 meses, o CUB registra aumento de 13,22%. Os custos dos materiais de construção subiram 23,89%, a mão de obra, 6,37%, e o administrativo, 5,12%.
De acordo com Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, “os aumentos de custos dos insumos do setor, que estavam desacelerando no último trimestre de 2021, voltaram a se acelerar em janeiro, o que é motivo de preocupação”.
O CUB representativo da construção paulista (R8-N) ficou em R$ 1.759,98 por metro quadrado em janeiro.
Com desoneração
Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, o CUB registrou variação positiva de +0,38% em janeiro, comparado a dezembro. Em 12 meses, a variação foi de +13,70%. O custo médio da construção paulista subiu para R$ 1.646,87 por metro quadrado.
Em janeiro, na comparação com o mês anterior, as variações dos custos médios das construtoras foram: materiais, +0,82%; mão de obra e administrativo, sem variação.
Custos dos materiais
Em janeiro, 12 itens apresentaram variações acima do CUB do mês, entre os quais se destacaram: vidro transparente 4mm (+3,14%), azulejo 15 x 15 cm (+2,32%), bloco de concreto (+1,85%), tinta látex branca PVA (+1,53%), areia média lavada (+1,43%) e brita 2 (+0,98%).
As variações mais expressivas no acumulado de 12 meses até janeiro foram: chapa compensado plastificado 18mm (+54,56%), aço CA-50 Ø 10 mm (+34,32%), bloco de concreto (+27,41%), vidro liso transparente 4mm (+25,50%) e tinta látex branca PVA (+21,16%).
