Crédito imobiliário cai 9,6% em abril mas cresce 122,3% no quadrimestre
Por Rafael Marko
Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) totalizaram R$ 16,7 bilhões em abril de 2021, 9,6% a menos que o registrado em março. Mesmo assim, foi o terceiro maior volume nominal mensal da série histórica iniciada em 1994.
Os dados são da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Com o resultado de abril, os financiamentos neste ano acumulam R$ 59,91 bilhões no quadrimestre, 122,3% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com abril de 2021 (R$6,70 bilhões), mês em pleno início da pandemia, o crescimento foi de 149,2%.
No acumulado de 12 meses, entre maio de 2020 e abril de 2021, o montante financiado somou R$ 156,94 bilhões, alta de 85,5% em relação ao mesmo período anterior.
Unidades financiadas
Em abril foram financiadas, nas modalidades de aquisição e construção, 70,1 mil imóveis, resultado 15,2% menor que o de março. Comparado a abril de 2020, houve alta de 196,7%.
No primeiro quadrimestre de 2021, foram financiados 258,6 mil imóveis, resultado 151,8% superior ao de igual período de 2020.
Em 12 meses, entre maio de 2020 e abril de 2021, foram financiados 582,65 mil imóveis, resultado 84% superior ao do período precedente, quando o crédito abrangeu 316,6 mil unidades.
Poupança cresce
Após os resultados negativos dos primeiros três meses de 2021, a captação líquida das Cadernetas de Poupança encerrou abril com acréscimo de R$ 2,04 bilhões.
O primeiro resultado favorável do ano, embora em volume não tão expressivo quanto o das saídas do trimestre janeiro/março, mostrou a segunda maior captação líquida para um mês de abril da série histórica iniciada em 1995. Sazonalmente, os meses de abril mostram resultados mais negativos (70% deles) do que positivos.
Com a captação líquida positiva de abril acrescida do crédito de juros, o saldo da poupança SBPE encerrou abril em R$ 782,2 bilhões, alta de 0,44% no mês, revertendo a trajetória cadente dos primeiros três meses do ano. Em termos anuais, houve crescimento de 14,1% em relação a abril do ano passado.