Crédito imobiliário cai 23% em abril, informa a Abecip 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Crédito imobiliário cai 23% em abril, informa a Abecip 

No ano, a queda é de 12,2%, na comparação com o mesmo período de 2021 

Os financiamentos imobiliários com recursos das Cadernetas de Poupança atingiram R$ 11,4 bilhões em abril, volume 23% inferior ao registrado em março. Na comparação com abril de 2021, houve redução de 31,6%. 

Os dados são da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). 

No primeiro quadrimestre, o valor financiado foi de R$ 52,62 bilhões, uma queda de 12,2% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Nos doze meses encerrados em abril, o montante financiado acumulou R$ 198,12 bilhões, alta de 26,2% em relação ao período precedente. 

Unidades financiadas 

Em abril, nas modalidades de aquisição e construção, foram financiados 45,3 mil imóveis, 28,7% a menos que em março. Ainda assim, este foi o segundo maior número de imóveis financiados em um mês de abril, na série histórica. Comparado a abril de 2021, a queda foi de 35,3%. 

Nos quatro primeiros meses de 2022, foram financiados 221,4 mil imóveis com recursos da Poupança, resultado 14,4% inferior ao de igual período de 2021. 

Nos 12 meses encerrados em abril de 2022, foram financiados 829,14 mil imóveis com recursos das cadernetas, resultado 42,3% superior ao mesmo período anterior. 

Poupança cai 

A poupança de abril, segundo pesquisa da Abecip, registrou retirada líquida de R$ 7,35 bilhões. O resultado reflete a sazonalidade do período, que indica prevalência de desempenho negativo em 71% dos meses de abril dos últimos 28 anos. 

De acordo com a Abecip, mais uma vez, a magnitude do resultado negativo surpreendeu. Foi o resultado mais fraco para um mês de abril da série histórica, indicando que a situação macroeconômica está exercendo um efeito direto sobre o comportamento do poupador. 

Para a entidade, inflação e desemprego em níveis elevados reduzem a capacidade da população em constituir reservas financeiras. De outro, a Selic em alta atraiu investidores para aplicações mais competitivas. Essa combinação vem provocando saídas de recursos das cadernetas, que apresentaram desempenho negativo nos primeiros quatro meses desse ano. 

Como a captação líquida negativa de abril não foi compensada pelos créditos de rendimentos no mês, o saldo da Poupança se reduziu em 1,7% comparativamente a abril do ano passado, para R$ 768,6 bilhões. Comparado ao mês anterior, o recuo foi de 0,4%. 

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