Construtoras relatam ao IBGE efeitos da pandemia em agosto 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Construtoras relatam ao IBGE efeitos da pandemia em agosto 

A pandemia afetou negativamente 47,9% das empresas de construção; 37,4% relataram efeito pequeno ou inexistente, e 14,7% relataram ter sentido efeito positivo na primeira quinzena de agosto.

Estes foram alguns dos resultados da pesquisa de estatísticas experimentais de percepção, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na segunda quinzena de agosto, com uma amostra de 2.267 empresas de todos os setores de atividade econômica, entre as quais 136 da construção. As empresas deste setor foram as que reportaram as maiores incidências de efeitos negativos, seguidas por aquelas do comércio (46,3%).

O IBGE recomenda cautela na utilização das suas estatísticas experimentais, por serem novas e ainda estarem em fase de teste e avaliação.

Das construtoras, 54,8% relataram ter sentido dificuldades no acesso aos fornecedores de insumos na primeira quinzena do mês passado em comparação com a segunda quinzena de julho, enquanto 44,6% não registraram alteração significativa, e apenas 0,6%, facilidade.

Indagadas sobre o efeito da crise sobre as vendas na mesma comparação de quinzenas, 45,2% das empresas da construção responderam que houve efeito pequeno ou inexistente, 36,2% registraram diminuição, e 18,6%, aumento.

Em relação à fabricação dos seus produtos ou à sua capacidade de atendimento aos clientes, 57,2% das construtoras relataram não ter sentido alteração significativa, 39% informaram dificuldades e apenas 3,8%, facilidade.

Das empresas da construção, 52,2% informaram dificuldade na capacidade de realizar pagamentos de rotina, 46,8% não registraram alteração significativa, e só 1%, facilidade.

Ao final da primeira quinzena de agosto, 66,7% das construtoras informaram inexistência de alteração significativa no número de funcionários, 20% acusaram redução, e 13,3%, aumento.

Medidas de reação 

Outras medidas de reação à pandemia, informadas pelas empresas da construção no período:

  • 88,7% realizavam campanhas de informação e prevenção à Covid-19 e adotavam medidas extras de higiene;
  • 82,7% adotavam alguma medida sem apoio do governo e 17,3%, com apoio do governo;
  • 31,4% adiavam pagamento de impostos; destas, 52,8% com apoio do governo e 47,2% sem apoio.
  • 82,5% conseguiram linha de crédito emergencial para pagamento da folha salarial e 17,5% com apoio
  • 14,6% adotavam trabalho domiciliar para os funcionários.

Segundo o IBGE, das 3,2 milhões de empresas em funcionamento no país, 192 mil são de construção.

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