Construtoras implantam medidas para enfrentar pandemia

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Construtoras implantam medidas para enfrentar pandemia
Membros participantes da reunião do CTQ na sede do SindusCon-SP

Em função da pandemia de Covid-19 – a doença provocada pelo coronavírus –, construtoras estão implementando planos de contingência que incluem medidas como rodízio do pessoal administrativo para trabalho em casa, distribuição de álcool gel 70, limpeza dos sistemas de ar condicionado, higienização das mesas de trabalho, e orientações para se evitar apertos de mão e para não se comparecer a locais de grande aglomeração, como feiras.

Nas obras, essas construtoras estão levando informação e álcool gel, além de prepararem planos para enfrentar problemas. A entrega de equipamentos fabricados com componentes vindos da China, como elevadores, poderão sofrer atrasos. Há preocupação com a capacidade das subempreiteiras de arcarem com o custo de seus trabalhadores que eventualmente contraírem a doença e forem afastados.

Esses relatos foram feitos na reunião do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do SindusCon-SP, em 12 de março, conduzida por seu coordenador, Fabio Villas Bôas. O comitê decidiu sugerir às entidades representativas do setor da construção que coordenem conjuntamente suas orientações de prevenção e suas ações de comunicação destinadas às suas associadas e ao mercado.

Emissões e consumo energético

Sergio Domingues, membro do CTQ, falou sobre a Norma Técnica NBR 9077

Na reunião, foi formado o grupo de empresas que dará subsídios à construção da calculadora de consumo energético e emissões de gases de efeito estufa. Esta ferramenta será lançada pelo Comasp (Comitê de Meio Ambiente) do SindusCon-SP e terá como produtos um relatório de elaboração de inventários das emissões das obras e empresas, e um relatório da energia incorporada para realização de empreendimentos e estimativa para o pós-obra. Sua metodologia será adotada pelo governo. A ferramenta foi apresentada pela coordenadora técnica do Comasp, Lilian Sarrouf.

Também foi formado o grupo de empresas que testará o piloto de um sistema de Whatsapp que a Sabesp está implementando, para agilizar os contatos com os engenheiros de obras das construtoras.

Villas Bôas apresentou a relação das empresas que participarão de um estudo sobre orçamentação de obras. Destinado a comparar a confecção dos orçamentos para uma determinada obra, o estudo também deverá servir de subsídio técnico para os debates no governo e no Congresso sobre a reforma tributária, em especial sobre a construção diante de um eventual imposto de valor agregado.

O membro do CTQ, Sergio Domingues, apresentou o andamento da revisão da Norma Técnica NBR 9077, sobre saídas de emergência. Os trabalhos levam em conta as características dos ocupantes das edificações (familiarizados ou não com o edifício, adormecidos, em cuidados médicos, com deficiência etc.) e a velocidade de propagação do incêndio (de lenta a muito rápida). A norma também trará a opção, nos prédios comerciais, de uma gestão que organize a evacuação faseada, em caso de incêndios. A expectativa é concluir a redação até o final do ano.

Yorki Estefan e Renato Genioli relataram o andamento positivo das gestões do SindusCon-SP, Secovi-SP, Abrainc e Asbea junto ao Corpo de Bombeiros, em relação ao aperfeiçoamento da Instrução Técnica relativa à prevenção de incêndio em compartimentação vertical nas edificações.

Ao final da reunião, representante da Atix Seguros apresentou os seguros relativos a projeto e execução de obras e na fase pós-obra. E representantes da ProConsult Engenharia mostraram o Sigma, sistema de monitoramento da manutenção predial.

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