Construtoras de São Paulo estão se organizando para importar aço

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

Construtoras de São Paulo estão se organizando para importar aço

Tema foi destaque na imprensa nacional

Em reação à disparada dos preços dos vergalhões de aço no mercado nacional, construtoras associadas ao SindusCon-SP começaram a se organizar para fechar pedidos de importação desses produtos. O tema foi destaque da coluna Painel S. A. do jornal Folha de S. Paulo de hoje (7/6/2022), conforme segue abaixo.

O problema não é de hoje, segundo Odair Senra, presidente do SindusCon-SP. “Em junho do ano passado, o preço médio do vergalhão de aço no mercado nacional estava 19,77% acima da variação do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), o indicador que corrige anualmente os contratos das construtoras com os donos das obras, como as incorporadoras e o poder público. Em abril deste ano, o preço médio já estava 34,22% acima do INCC. Sem qualquer justificativa plausível, os aumentos deste e de outros insumos como o cimento têm motivado o desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos”, afirma. 

De acordo com o presidente do SindusCon-SP, “a cada reajuste do preço do vergalhão nacional, o mercado internacional fica mais atrativo. Para trazer o produto de fora, também pesou a redução, de 10,8% para 4%, da alíquota de Imposto de Importação (II) dos vergalhões de aço CA-50 e CA-60 para a indústria da construção, em 11 de maio.” A medida vale até 31 de dezembro deste ano.

O SindusCon-SP, junto com outras entidades da construção, já havia formalizado no ano passado, junto ao Ministério da Economia, o pedido de redução da alíquota. Em 2021, a alíquota do II sofreu a primeira redução, de 12% para 10,8%.

Leia a íntegra da nota publicada na edição de hoje (7/6/22) da coluna Painel S. A. da Folha de S. Paulo abaixo:

“Construtoras associadas ao SindusCon-SP (sindicato da construção civil) começaram a se organizar para fazer pedidos de importação do aço.

O movimento de importação do produto vem se acelerando no setor após a redução do imposto para dois tipos de vergalhão que vêm de fora.

De acordo com Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, a alta nos preços de insumos como o aço e o cimento desde o ano passado têm gerado desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos, o que torna o mercado internacional mais atrativo diante da recente redução do tributo.

No mês passado, logo após a decisão do governo de cortar a alíquota, a CBIC, outra entidade do setor, em parceria com uma cooperativa de construção de Santa Catarina, iniciou um movimento para fazer compras conjuntas de aço da Turquia.

O SindusCon-SP afirma que a produção brasileira dos aços longos é concentrada e falta concorrência, o que pressiona os preços no país.

Para Senra, falta uma política industrial que incentive mais fabricantes de aço a se instalarem no Brasil, elevando concorrência e gerando mais empregos e renda. ´Enquanto isso não ocorre, e os fabricantes nacionais não param de subir seus preços, está aberto o caminho à importação´, afirma a direção do SindusCon-SP”.

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