Construcarta Nível de Atividades: Materiais pressionam custos

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Nível de Atividades: Materiais pressionam custos

Na penúltima semana de agosto, os principais analistas do mercado apontaram uma leve tendência de alta para a inflação em 2018. A mediana das projeções levantadas no Boletim Focos indicou alta de 4,17% para o IPCA no ano corrente. Há quatro semanas, a expectativa predominante era de alta de 4,11%.
A revisão para cima das projeções observada ao longo das últimas quatro semanas reflete os recentes movimentos do câmbio e do preço dos fretes, mas não representa uma ameaça ao cumprimento da meta de inflação de 2018, que é de 4,5%. Até julho, o IPCA acumulava elevação de 2,94% no ano e de 4,48%, em 12 meses. O ritmo fraco da atividade tem contribuindo para atenuar as pressões de alta dos preços na economia, o que deve também permitir que o Banco Central mantenha a taxa Selic em 6,5% até o final do ano.
Já as expectativas para o IGP-M de 2018 estão mais elevadas e chegaram 7,89%. O índice acumula alta de 5,92% no ano até julho e de 8,24% em 12 meses. O IPA é o componente com maior destaque no período: com alta de 7,51% no ano e 10,50%, em 12 meses.
Dentro do IGP-M, o custo da construção (INCC-M) mostra uma evolução bem mais favorável, com variação no ano de 2,75% e de 3,93% em 12 meses até julho.
Em agosto, houve desaceleração da taxa mensal que passou de 0,72% para 0,30%. Com esse resultado, o INCC-M em 12 meses caiu para 3,83%. No entanto, o resultado do indicador de custos setoriais reflete uma evolução bastante desigual de seus componentes.
Por um lado, o índice que acompanha o custo da Mão de Obra ficou estável no mês de agosto e registra em 12 meses variação de 1,80%, a menor taxa da série histórica. A desaceleração dos custos com mão de obra é o efeito de uma atividade ainda bastante enfraquecida. Desde janeiro, as contratações realizadas pelas empresas têm superado as demissões, mas ainda em escala insuficiente para recuperar sequer o patamar do ano passado. A Sondagem da Construção da FGV realizada em agosto apontou que a percepção em relação a situação corrente dos negócios tem melhorado muito lentamente. Mas, nos últimos meses houve piora das expectativas, levando junto o indicador de mão de obra prevista.
No que diz respeito aos preços dos materiais, o quadro é bastante distinto. O indicador de Materiais e Equipamentos já acumula elevação de 7,08% em 12 meses até agosto. Itens como vergalhões, cimento e condutores elétricos acumulam variações nos preços de 21,2%, 11,5% e 12,6%, respectivamente.
Vale notar que as vendas da indústria não são direcionadas apenas para as empresas da construção. O comércio varejista de materiais tem crescimento nos últimos dois anos. Em 2018 até junho, o volume de vendas do comércio varejista registra alta de 4,8%. No ano passado, houve crescimento de 9,1%.
*Para acessar o material completo, clique aqui.

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