Construcarta Nível de Atividades: Confiança em alta favorece investimentos

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Nível de Atividades: Confiança em alta favorece investimentos

Em 2017, a taxa de investimento do país chegou ao fundo do poço, registrando o pior resultado da série histórica iniciada em 1995. Ao longo de 2018, houve uma pequena melhora, explicada em parte por efeito contábil referente à internalização de plataformas de petróleo e em parte pelo efetivo aumento de investimentos em máquinas e equipamentos. Ainda assim, a Formação Bruta de Capital, que representa o investimento do país, está 25% abaixo do pico atingido no terceiro trimestre de 2013.
A construção civil, que representa mais da metade do investimento, registrou até o terceiro trimestre uma retração de 2,6%. A projeção para o ano é muito próxima desse resultado: o PIB do setor deverá fechar com queda de 2,4%, o que levará a taxa acumulada nos anos de 2014 a 2018 a alcançar -28%. Assim, o setor atingirá um triste recorde histórico: a pior retração desde 1948!
Os números consolidados desse período mostram o quanto o setor perdeu com a crise. No entanto, não mostram os sinais de inflexão, e felizmente, eles existem. No terceiro trimestre o PIB setorial apresentou alta de 0,7% na comparação com o trimestre anterior. O emprego com carteira registrou em outubro a quarta taxa positiva na comparação mensal, feitos os ajustes sazonais. E na comparação de 12 meses, houve o primeiro resultado positivo desde setembro de 2014.
As estatísticas começam a refletir a percepção de melhora registrada pelos empresários na Sondagem da Construção da FGV desde o início do ano. O indicador de percepção dos negócios no momento corrente (ISA) vem subindo lentamente e em novembro recuperou o patamar do início de 2015. Vale notar que a demanda insuficiente ainda é a principal dificuldade apontada pelos empresários, mas as expectativas de retomada da atividade e, portanto, dos negócios, trouxe o indicador (IE) para um patamar mais próximo da neutralidade, ou seja, do ponto que não representa mais pessimismo.
Com o ambiente de negócios mais positivo, as empresas da construção aumentaram sua disposição de investir. A Sondagem de Investimento da FGV realizada no último trimestre do ano mostrou que a diferença entre os que vão aumentar os investimentos e os vão diminuir alcançou o melhor resultado desde o final de 2013. A diferença ainda é negativa, ou seja, ainda há mais empresas indicando que diminuirão os investimentos nos próximos 12 meses.
Como o aumento da confiança tem sido generalizado entre os setores empresariais, a intenção de investimento está aumentando na economia como um todo. A Sondagem da FGV apontou que o Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria alcançou o maior nível desde o primeiro trimestre desse ano (123,7 pontos). Além da alta nesse indicador, a pesquisa mostrou também que houve uma melhora do grau de certeza na execução dos investimentos nos próximos 12 meses.
Enfim, a despeito da frustração com os números de 2018, a percepção dos empresários e das famílias é de um cenário mais positivo do que no final de 2017. Por si, a confiança em alta não garante o crescimento esperado em 2019, que depende de ações efetivas do próximo governo, mas representa um ponto de partida importante para a retomada do investimento.
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