Construcarta Nível de Atividades: Aumenta a confiança das empresas da construção

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Nível de Atividades: Aumenta a confiança das empresas da construção

Após a divulgação do PIB do primeiro trimestre houve revisão geral das projeções das consultorias e do mercado financeiro para o PIB de 2021. Para o setor da construção, o resultado também foi favorável e gerou revisões igualmente positivas. O crescimento previsto pelo Boletim Macro do FGV IBRE para a construção passou para 4,2%, o que, se confirmado, irá configurar o melhor resultado desde 2013.

Mas é importante observar que esse resultado não irá refletir o desempenho do mercado empresarial da construção. Vale sempre lembrar que o PIB do setor compreende tanto as atividades das empresas formalmente constituídas quanto as atividades de pequenos empreiteiros informais e até das próprias famílias, que muitas vezes executam suas próprias obras.

Sendo assim, para saber o que acontece com esse mercado formal, é preciso olhar outros indicadores. A pesquisa de emprego, ou o Caged, é um bom referencial. Nesse sentido podemos constatar que nos primeiros quatro meses do ano, as construtoras responderam pela geração de 134,2 mil empregos, o que representou 14% do total gerado no país. Um percentual muito superior à participação da atividade no PIB do País. Assim, a despeito de ter perdido o protagonismo na geração de emprego, as construtoras/incorporadoras se mantêm como importantes impulsionadoras da atividade.

Do total gerado no ano, 48,5 mil foram por Edificações, 37,6 mil pela infraestrutura e 48,1 mil por Serviços especializados. O que confirma também o maior dinamismo do mercado imobiliário.

A Sondagem da Construção do FGV IBRE, que traz a percepção das próprias empresas sobre seus negócios correntes e futuros, por segmento, vai no mesmo sentido: a pesquisa de junho mostrou uma recuperação vigorosa da Confiança das empresas nos dois últimos meses. É interessante notar que após o período mais crítico de fechamento das atividades no ano passado, o Índice de Confiança retomou o patamar pré-pandemia já em outubro.

Mas desde então o indicador passou a caminhar de lado e a partir de janeiro houve uma piora sistemática, revertida em maio e junho. No entanto, a confiança ainda não recuperou o patamar de outubro.

A própria sondagem traz pista do que pode explicar esse movimento. O quesito Principais Limitações à Melhoria dos Negócios apontou que esse período coincide com o aumento das assinalações no item Custo da Matéria-prima.

Em junho, houve uma quebra na relação entre a deterioração da confiança e o aumento dos custos. Os preços dos materiais continuaram subindo e agora com o reforço da mão de obra, mas as expectativas com o aumento da demanda aumentaram muito mais.

É possível que os empresários estejam esperando uma acomodação na alta dos custos? Ou que a demanda irá absorver o repasse do aumento de preços?
Vale notar que a Sondagem também acusou um aumento expressivo de assinalações apontando aumento de preços dos produtos da construção.

Veja a íntegra da análise elaborada pelo FGV/Ibre para o SindusCon-SP aqui.

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