Construcarta Conjuntura: A inflação e a nova meta para 2019

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Conjuntura: A inflação e a nova meta para 2019

Em outubro a variação do IPCA, índice oficial do regime de meta, alcançou 0,45%, semelhante ao nível observado no mesmo mês do ano anterior (0,42%) e também no mês imediatamente anterior (0,48%). Com isso, a alta acumulada em doze meses ficou em 4,56% contra 4,53% registrados nos doze meses encerrados em setembro. Esse patamar, muito aderente ao centro da meta oficial, de 4,5%, vem sendo mantido desde junho, quando o índice sofreu forte aceleração por conta dos efeitos da greve dos caminhoneiros.
Todas as categorias do IPCA registraram variação positiva. As maiores altas se concentraram nos grupos transportes (0,92%), artigos de residência (0,76%) e alimentação (0,59%). Dado o peso na composição do indicador, o grupo alimentação teve o maior impacto, respondendo sozinho por 0,15 ponto percentual da alta total de 0,45% observada em outubro. No grupo transporte, as maiores contribuições vieram das altas de preço dos combustíveis (2,4% no mês) e das passagens aéreas (7,5%).
Apesar desse relativo bom desempenho, vale notar que o IPCA vem registrando um processo de aceleração lento, mas contínuo. Tomando a trajetória dos últimos 48 meses, nota-se que, há um ano, a variação acumulada do índice em doze meses era de 2,7%. Em outubro de 2016, essa mesma variação era de 7,9%. Isso significa que a inflação está lentamente saindo do fundo do vale depois da queda expressiva registrada entre 2016 e 2017.
IPCA
O novo patamar foi alcançado pelo choque de custos causado pela greve dos caminhoneiros em maio. Essa tendência de alta, embora discreta, coloca a inflação em um movimento oposto ao da meta inflacionária de 2019. Depois de mais de dez anos, o centro da meta foi alterado e, no próximo ano, será 4,25%, passando a 4% no ano seguinte.
Mantidas as regras do regime de metas, esse movimento tende a gerar o ajuste para cima da taxa Selic. Não é por outra razão que as projeções de mercado contidas no Boletim Focus estão sugerindo que, ao final do ano que vem, a Selic vai estar em 8%, 1,5 ponto percentual acima do nível atual.
Muito embora seja um ajuste suave, essa possível elevação da taxa básica pode ter repercussões relevantes sobre o ambiente econômico, com destaque para a oferta de crédito e, portanto, para a demanda das famílias e para o custo de capital das empresas.
Acesse o conteúdo original aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O que você precisa saber.
As últimas novidades sobre o mercado,
no seu e-mail todos os dias.

Pular para o conteúdo