Construcarta: Agenda econômica e fragilidade política
Por Redação SindusCon-SP
A Economia não é, definitivamente, uma ciência exata. Ela tem por objeto o comportamento humano e, portanto, considera fatores objetivos e subjetivos que interferem nesse mesmo comportamento. Por isso, fundamentos econômicos e estabilidade política são igualmente relevantes quando se analisa a conjuntura econômica. Ao mesmo tempo, a relação entre economia e política é uma via de mão dupla. Veja-se o caso do Brexit. A indefinição sobre a saída do Reino Unido da União Europeia tem consequências em ambos os campos. Mas, dada a solidez dos fundamentos econômicos no Reino Unido, a crise do Brexit tem efeitos limitados sobre a conjuntura a curto prazo. Infelizmente, esse não é o caso brasileiro.
O padrão tenso de relações entre os Poderes da República no Brasil tem provocado oscilações nos dois grandes termômetros conjunturais: bolsa e câmbio. Depois de cruzar o limiar dos 100 mil pontos, a bolsa de São Paulo recuou e não dá sinais de voltar àquele patamar tão cedo. O dólar, por sua vez, voltou a superar a barreira dos R$ 4 nos últimos dias como já havia feito no clima eleitoral do ano passado.
Essa volatilidade é uma boa medida da fragilidade do cenário político-econômico brasileiro. Ainda que os efeitos das reformas propostas – sobretudo a previdenciária – sejam tipicamente de longo prazo, a gravidade do quadro fiscal herdado pelo atual governo exige um encaminhamento rápido da questão. Mas, enquanto a tramitação da reforma patina, o Legislativo vai aprovando medidas que apontam no sentido contrário, caso da PEC do orçamento que eleva o grau de rigidez da execução fiscal.
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