Conheça os requisitos para áreas de vivência e proteção contra quedas nas obras

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Conheça os requisitos para áreas de vivência e proteção contra quedas nas obras

  

Duas cartilhas da CBIC sobre estes temas estão disponíveis para download  

Diretrizes atualizadas sobre Saúde e Segurança do Trabalho (SST) nos canteiros de obras foram apresentadas em seminário online realizado pela Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), em 26 de abril, por ocasião da Campanha Abril Verde, de prevenção a acidentes de trabalho.  

Os requisitos para as áreas de vivência em canteiros de obras, da nova NR-18 – Saúde e Segurança do Trabalho na Indústria da Construção, foram debatidos no primeiro painel. Participaram Juliana de Oliveira, consultora técnica e gerente de SST do Seconci-DF; Dernival Neto, especialista de Desenvolvimento Industrial do Sesi, e Antônio Pereira do Nascimento, auditor fiscal do Trabalho.  

Juliana apresentou os requisitos, que estão explicados na Cartilha Áreas de Vivência na Construção com base na Nova NR-18, atualizada pela CBIC e pelo Sesi em fevereiro. 

“A área de convivência é o cartão de visitas da obra, tem que estar bem apresentada e organizada. É fundamental que seja dada a devida importância a ela. Esse ambiente melhora a qualidade de vida do trabalhador, aumenta a produtividade e reduz acidentes de trabalho e doenças ocupacionais”, enfatizou Juliana. 

A consultora destacou, entre outras exigências, a instalação de chuveiros individuais com portas que impeçam o devassamento, ficando proibido o uso de chuveiros coletivos; área mínima para os vestiários; necessidade de projeto específico para áreas de convivência, e disposições para a utilização de banheiros químicos. 

Antônio Pereira alertou que “na hora da montagem dos vestiários, muita gente tem achado que inclui a área de chuveiro e vaso sanitário, e não inclui”. E lembrou que contêineres utilizados em transporte de carga não podem ser utilizados para alojamento. 

Dernival Neto recomendou a cartilha sobre as áreas de vivência. “Ela preenche uma lacuna para quem sente falta de um material com orientações mais direcionadas e está bem completa, traz esclarecimentos e ilustrações para prosseguir com um projeto atendendo as legislações adequadamente.” 

Proteção individual contra quedas 

O segundo painel abordou o sistema de proteção individual contra quedas nas obras. Participaram Andreia Kaucher, gerente de SST do Seconci-MG; Marcos Amazonas, consultor técnico, especialista em trabalho em altura; Robinson Leme, consultor técnico e engenheiro de SST; Dernival Neto e Antônio Pereira do Nascimento.  

Foi apresentada a Cartilha SPIQ – Sistema de Proteção Individual Contra Quedas na Indústria da Construção, também elaborada pela CBIC. 

De acordo com Andreia, “não podemos parar de discutir esse tema. É necessária uma mudança de cultura para incentivar a proteção ativa e não passiva contra quedas. Temos que espalhar esse debate.” 

Amazonas apontou três fatores como prioritários para a prevenção desses acidentes: segurança no projeto de forma real, hierarquia da segurança usada e justificada, e aplicação de penalidades altas e significativas. 

Leme lembrou a necessidade de cuidados e inspeção dos equipamentos do SPIQ. Pereira atribuiu a maioria das falhas à falta de planejamento, prazos curtos e ausência de participação dos profissionais de segurança. 

Investimento e não custo 

A mediação do evento coube ao presidente da CPRT, Fernando Guedes. Ele disse ser fundamental a implementação de uma cultura prevencionista dentro dos canteiros de obras. 

Para Guedes, os projetos dos empreendimentos precisam focar na segurança. “Não podemos tratar a segurança do trabalho como custo, mas como investimento. Isso é retorno para o trabalhador e para o empregador”, destacou. 

Assista ao seminário no canal da CBIC no YouTube.  

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