Conformidade é pré-requisito para boas práticas na construção

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Conformidade é pré-requisito para boas práticas na construção

A conformidade com as normas técnicas é um pré-requisito das boas práticas de qualidade e do atendimento às expectativas dos clientes, na indústria da construção paulista. Os cuidados vão desde o material publicitário no estande de vendas até a vistoria e entrega do empreendimento, sempre prezando pela total transparência nas informações e apoio ao cliente na aquisição e nas demais etapas até a entrega do empreendimento.
40628649_1833065576761827_8119166147263201280_nAs colocações foram feitas por Fábio Villas Bôas, conselheiro fiscal e coordenador-adjunto do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) do SindusCon-SP, ao participar de mesa redonda no primeiro encontro que discutiu a contribuição da perícia na conformidade dos empreendimentos. O evento foi realizado por SindusCon-SP (Sindicato da Construção), Ibape/SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo) e Secovi-SP (Sindicato da Habitação), em 3 de setembro, no Millenium Centro de Convenções.
Ao abrir o encontro, Paulo Sanchez, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP, falou da importância de um diálogo permanente entre peritos, construtoras e incorporadores para a qualidade dos empreendimentos. Ainda participaram, pelo sindicato, o diretor Yorki Estefan, o coordenador do CTQ Renato Genioli Jr. e o conselheiro e membro do CTQ Alexandre Oliveira.
O evento também abordou o papel dos peritos e o aprimoramento das relações entre profissionais dos dois segmentos. “A perícia tem muito a colaborar em uma obra, levando dados e subsídios técnicos para a incorporadora tomar decisões. Mas, para isso, o perito precisa de capacitação, como conhecer os diferentes tipos de edificação entre outros requisitos”, afirmou Flávia Zoéga Andreatta Pujadas, coordenadora da Câmara de Perícias do Ibape-SP, na mesa-redonda.
Flávia salientou ainda que os peritos tem que ter o bom senso para identificar se eventuais alterações de memorial descritivo prejudicam, melhoram ou mantêm inalterado o desempenho do sistema. “Devendo-se corrigir apenas em caso de perda de desempenho. O bom senso deve ser usado também quando o profissional se encontra diante de exigências de duas normas incompatíveis.” Já o presidente da União Panamericana de Associações de Avaliação (Upav), Octávio Galvão Neto, alertou para o fato de muitos peritos não estarem seguindo a NBR 13.752 – Perícias de Engenharia da Construção Civil. “Aem a padronização a prestação de serviço não é possível uma correta contratação.”
Encontro SIndusCon-SP, Ibape-SP e Secovi-SPMarcos Velletri e Milton Bigucci Jr., integrantes da Vice-presidência de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP, também participaram da mesa que tratou da entrega e recebimento de obras de edificações e das ações preventivas e de mitigação de risco desenvolvidas pelas construtoras. “Buscamos a excelência nas relações e sinergia entre os profissionais envolvidos. As incorporadoras precisam de peritos em todas as fases do desenvolvimento de um empreendimento imobiliário, desde a fase de projeto até uso e manutenção”, destacou Bigucci, que também integra o CTQ.
Segundo ele, estudos preliminares e vistorias técnicas fornecem informações para tomada de decisão, por exemplo, para prevenção de ruído do entorno do terreno e laudo de vizinhança. Bigucci e Velletri ainda abordaram a importância dos planos de manutenção, que devem estar incluídos no ato da entrega do empreendimento, avaliações periódicas dentro do período de garantia (cinco anos) e a continuidade do plano de manutenção por parte do síndico com inspeções periódicas feitas por peritos.
Fotos: Ibape-SP

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