Comgás inovará com leitura remota e biometano 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Comgás inovará com leitura remota e biometano 
Rodrigues e Senra, na visita do CTQ à concessionária

A introdução em 2022 do Smart Meter – um dispositivo de leitura automatizada e remota do consumo de gás –, e o início da injeção de biometano junto com o gás natural encanado a partir de 2023 foram anunciados por representantes da Comgás, na visita feita àquela empresa por uma Missão Técnica do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do SindusCon-SP, em 26 de novembro.

A missão, liderada pelo coordenador do CTQ, Fabio Villas Bôas, contou com a participação do presidente do SindusCon-SP, Odair Senra. Receberam o grupo o CEO da Comgás, Antonio Simões Rodrigues Junior; o diretor comercial da companhia, José Eduardo Moreira, e a diretora de Operações e Serviços, Carla Araujo Sautchuk.

Moreira apresentou a trajetória da Comgás desde sua concessão à iniciativa privada em 1999 e as mudanças com o ingresso da Cosan na companhia em 2012. Segundo ele, a oferta de gás encanado vai dobrar nos próximos dez anos. Hoje sua rede de 19 mil km atinge 1,8 milhão de clientes residenciais e 30 mil industriais e comerciais em 93 municípios do Estado de São Paulo. Moreira relatou também as ações ESG (responsabilidade social, ambiental e governança) da empresa.

Diego Ceccarini, diretor de Operação e Medição da Comgás, informou que o Smart Meter, além de medição remota e automatizada com conexão à internet, terá outras funcionalidades, como a capacidade de abrir e fechar remotamente o abastecimento de gás, e proporcionar ao usuário dados para que ele racionalize a utilização do gás e pratique o chamado consumo consciente.

A Comgás vem pesquisando o biometano e o hidrogênio para utilização junto com o gás natural, informou Rafael Pereira, gerente de Novos Negócios. Originário do processamento de metano dos aterros sanitários, bagaço de cana e outras fontes, o biometano deverá ser injetado junto com o gás natural na rede de abastecimento, a partir de 2023. Segundo Pereira, o custo do biometano deve seguir a variação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Cogeração

Ronaldo Andreos, gerente de Geração Distribuída e Aplicações da companhia, abordou as iniciativas de Cogeração (geração de energia elétrica e energia térmica a partir do gás natural). Mostrou alguns empreendimentos em que esse sistema já está implementado, como Jardim das Perdizes, Birman, Rochaverá, EZ Towers, Pátio Vitor Malzoni e Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês. Elencou as vantagens do sistema, como a redução de custos para o condomínio e de emissões de CO2 no meio ambiente. E informou que a construtora pode optar por investir diretamente na implementação da cogeração, com pay-back em cerca de três anos, ou aproveitar o investimento de terceiros parceiros da Comgás que arcam com esses custos iniciais e posteriormente administram o sistema.

Carla Sautchuk esclareceu dúvidas sobre como as obras podem se adaptar ao Smart Meter, relatando que a companhia está desenvolvendo diversos fornecedores dos novos medidores de consumo.

Na sequência, o técnico especializado Wilson Guedes apresentou à Missão Técnica o museu da Comgás, companhia instalada pelos ingleses em 1872 e que até 1915 utilizava carvão mineral importado, substituindo-o depois pelo produto vindo de Santa Catarina, até o advento do gás natural, que hoje vem da Bacia de Santos, da Bacia do Rio de Janeiro e da Bolívia.

Por último, Ceccarini apresentou as salas de acompanhamento da distribuição de gás e de controle de situações emergenciais.

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