Comasp realiza seu primeiro encontro do ano

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

Comasp realiza seu primeiro encontro do ano
Entre Francisco  Vasconcellos e Fabio Villas Bôas, Odair Senra participa da primeira reunião do ano do Comasp
Entre Francisco Vasconcellos e Fabio Villas Bôas, Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, participa da primeira reunião do ano do Comasp

No Dia Mundial da Água, 22 de março, o Comitê de Meio Ambiente (Comasp) recebeu associados e convidados para a sua primeira reunião de 2019 na sede do SindusCon-SP. “O trabalho desse comitê consagrou-se como sendo de vanguarda na construção sustentável brasileira. O uso eficiente da água nos canteiros de obras é um dever da construção sustentável. Assim, ganham as construtoras, os nossos colaboradores e o meio ambiente”, ressaltou o presidente do SindusCon-SP, Odair Senra na abertura do encontro, ao lado do Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, vice-presidente do SindusCon-SP e Fabio Villas Bôas, coordenador do Comasp.

Para Odair Senra, os trabalhos do Comasp são estratégicos para impulsionar a construção sustentável e evitar legislações ambientais desprovidas de sentido. “Encontrar soluções ambientais economicamente e tecnicamente viáveis é muito bom para a indústria da construção. Esse trabalho assume importância ainda maior nesse momento em que se espera a retomada firme da atividade da construção”, afirmou.

 

Case Jardim das Perdizes

As transformações no segmento de construção civil passam por novas concepções e formas de atuação em temas como: água, energia, resíduos, carbono, riscos, mobilidade, wellness, tecnologia para desempenho, integração, gestão e mobilidade. Assim, Fabio Vilas Bôas deu início à sua apresentação “Inovação em Uso, Conservação e Fontes Alternativas de Água e Sustentabilidade” da Tecnisa.

A conservação de água e o uso de fontes alternativas traz uma economia de 25% do consumo de água pelos moradores, sem redução de conforto, de acordo com Villas Bôas. Para tanto, usam-se bacias de duplo acionamento, aeradores, restritores de vazão, reguladores individuais de pressão e medição individualizada; além de água de reuso (cinza) e da chuva. “O sistema foi implementado em mais de 12 mil unidades habitacionais, que geram uma economia de 413 mil m³ por ano. Também já estão em prática no Brasil sistemas de captação de águas pluviais e águas cinzas para reuso”, destacou o Coordenador do Comasp, ressaltando que da mesma forma, o uso eficiente de energia com a implementação do Selo Procel A traz uma economia de 14% de energia, 10% de gás e 25% de água.

Villas Bôas apresentou o case do Jardim das Perdizes, que é o primeiro e o único empreendimento no Brasil a conquistar o Certificado de Alta Qualidade Ambiental (AQUA) nesta categoria. Isso significa que o projeto já nasceu com o compromisso de ser sustentável, com estratégias de uso e conservação de água, permeabilidade do terreno, e também com o plantio de espécies adequadas.

O empreendimento fez o aproveitamento de resíduos da demolição na pavimentação. “A busca de equilíbrio entre cortes e aterros evitou 40 mil viagens de transporte de solo”, afirmou.

Para realizar o gerenciamento dos resíduos é necessário monitorar os indicadores de geração. “Controlamos os seguintes indicadores: período, tipo de resíduo, método construtivo da obra, homem trabalhado, m² construído, fornecedor, desvio de aterro e economia”, disse Villas Bôas, complementando que, “somente em 2014 tivemos uma redução de custos de aproximadamente R$1.235.120,00 oriundos da correta Gestão dos Resíduos em nossas obras. Comprovando que é possível minimizarmos os impactos das nossas atividades de forma sustentável”.

O Comasp

Entre as ações do Comasp sobre o tema conservação de água estão a coordenação da Comissão de Estudo de Conservação de Água em Edificações e Uso de Fontes Alternativas de Água Não Potável em Edificações (ABNT/CB-002), e também a atuação como membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto do Tietê – CBH-AT da PMSP.

Em sua apresentação, Lilian Sarrouf, coordenadora Técnica do Comasp, destacou que a Caixa Econômica Federal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o SindusCon-SP, estão elaborando o Guia Metodológico para Inventários de Pegada Hídrica na Construção – Setor Edificações. A publicação tem como objetivo desenvolver uma metodologia para o cálculo do consumo de água incorporado no empreendimento desde sua concepção, execução e uso, “já que o setor como um todo busca sempre soluções corretas para a gestão da água, melhorias sustentáveis, sem deixar de fora o viés da inovação”, destacou.

Além disso, por meio do Comasp, o SindusCon-SP lançou uma campanha direcionada aos canteiros de obras. “Disponibilizamos materiais para as empresas associadas conscientizarem os colaboradores sobre o uso eficiente da água”, afirmou Lilian. Conheça aqui um pouco sobre a campanha.

Em relação às questões de eficiência energética, Lilian afirmou que o SindusCon-SP é membro do GT Edificações PROCEL, além de manter a parceria GIZ/Eletrobrás/MME. “Já quando falamos sobre resíduos, mantemos o convênio SMA, Cetesb e SindusCon-SP para desenvolvimento de ações relacionadas à RCC; somos membro do GT Tintas que conta com a participação de representantes de construtoras, fabricantes e  varejistas; também somos representante do setor da construção no GT Resíduos do Conama; e, apoiamos a implantação de sistemas de gestão de resíduos nos municípios”, afirmou.

Outro tema que trouxe interesse dos participantes foi a destinação do solo proveniente da escavação. Fabio Villas Bôas, que preside a Câmara Ambiental da Indústria da Construção da Cetesb, informou que o GT Solos está elaborando com a Agência Nacional de Produção Mineral (ANPM) e a com a Cetesb um instrumento que venha auxiliar no entendimento da questão.

Com relação às áreas contaminadas, o Comasp e a Cetesb realizarão treinamentos na sede e nas regionais do SindusCon-SP. O próximo será em 15 de abril. Clique aqui para fazer a sua inscrição para a opção presencial e aqui para a versão online.

Para o SindusCon-SP, a sustentabilidade é uma questão estratégica para o setor da construção civil e o assunto é primordial para a competitividade das empresas. Por isso, mantém entre os objetivos do Comasp: pesquisar, divulgar informações, capacitar empresas e profissionais, desenvolver metodologias, buscar soluções, produtos e tecnologias, para implantação de requisitos de sustentabilidade nos empreendimentos e na cadeia produtiva da construção; com especial atuação nas áreas de Políticas Públicas, Normatização, Desenvolvimento Tecnológico, Capacitação Profissional, e Divulgação, sobre os seguintes temas relevantes: Gestão de resíduos, Áreas contaminadas, Conservação de água, Eficiência energética, Mudanças climáticas, Madeira legal, Construção sustentável, Avaliação ambiental de edifícios, Análise de Ciclo de Vida e Educação Ambiental.

Saiba mais sobre as ações do Comasp aqui

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