CNI: Confiança dos empresários da indústria da construção mantém tendência de queda

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

CNI: Confiança dos empresários da indústria da construção mantém tendência de queda
Índice de Confiança do Empresário (ICEI-Construção) recuou pelo segundo mês consecutivo
Gráfico da Utilização da Capacidade Operacional do Índice de Confiança do Empresário (ICEI-Construção) da CNI

O Índice de Confiança do Empresário (ICEI-Construção), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), recuou pelo segundo mês consecutivo e ficou em 59,8 pontos em março. Mesmo com a queda de 3,5 pontos em relação a fevereiro, o índice é 6,5 pontos maior do que média histórica e continua acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. De acordo com o relatório da Sondagem da Indústria da Construção, a queda deste mês é resultado da piora da avaliação dos empresários sobre as condições atuais dos negócios e das perspectivas em relação ao desempenho das empresas e da economia nos próximos seis meses.

Com a queda da confiança, os empresários do setor estão menos dispostos a investir, revela a pesquisa. O índice de intenção de investimento caiu para 34 pontos em março. Foi a segunda queda consecutiva do indicador, que continua em patamar muito baixo. O índice varia de zero a cem pontos. Quanto menor o valor, mais baixa é a propensão das empresas para investir.  “As dificuldades no cenário político diminuem a previsibilidade dos agentes econômicos. Isso se reflete em uma postura mais cética dos empresários, principalmente em relação a investimentos de longo prazo”, diz a economista da CNI, Dea Fioravante.

Além disso, a pesquisa mostra que os empresários estão cautelosos em relação ao futuro. Os indicadores de expectativas sobre o nível de atividade e de compra de insumos e de matérias-primas recuaram em março frente a fevereiro. O índice de número de empregados ficou estável e o de novos empreendimentos e serviços subiu 0,4 ponto.  Ainda assim, os indicadores se mantêm acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os empresários ainda esperam o crescimento do setor nos próximos seis meses.

ATIVIDADE E EMPREGO

Conforme o levantamento, o nível de atividade e de emprego apresentaram leve melhora no mês passado. O índice de evolução do nível de atividade aumentou 0,3 ponto em relação a janeiro e ficou em 44,3 pontos em fevereiro. O índice de emprego subiu 0,4 ponto e alcançou 42,9 pontos. Mesmo com a melhora, os dois indicadores seguem abaixo dos 50 pontos, mostrando que a atividade e o emprego no setor continuam em queda.

Mas o nível de utilização da capacidade operacional subiu 1 (um) ponto percentual em relação a janeiro e ficou em 56% em fevereiro. Isso significa que, no mês passado, a indústria da construção operou com 44% das máquinas, dos equipamentos e do pessoal parados.  O aumento da utilização da capacidade de operação é resultado da alta de 1 (um) ponto percentual registrada no indicador do setor de construção de edifícios, que subiu para 57%. No setor de obras de infraestrutura, o nível de utilização da capacidade instalada caiu 1 (um) ponto percentual e ficou em 52%.

Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi realizada entre os dias 1º e 19 de março com 492 empresas. Dessas, 165 são pequenas, 218 são médias e 109 são de grande porte.

Com informações da CNI.

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