Debate: Chequer quer priorizar ataque ao déficit habitacional estadual

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Debate: Chequer quer priorizar ataque ao déficit habitacional estadual

Rogério Chequer - Partido NovoSe eleito, Rogério Chequer, candidato do Partido Novo ao governo do Estado de São Paulo, pretende atacar o déficit habitacional estadual, que ele estima em 1,3 milhão de moradias, como uma das cinco áreas prioritárias de seu governo, junto com educação, saúde, segurança e transportes. Para tanto, ele pretende manter iniciativas como PPPs habitacionais, destinar “no mínimo” 1% do Orçamento à habitação e colher propostas nas entidades do setor. “Não pretendo mudar nada que esteja dando certo”, declarou.
As afirmações foram feitas ao SindusCon-SP ao término de sua palestra, ministrada no ciclo de encontros com candidatos, em 12 de junho, no Secovi-SP. O ciclo é promovido pelo movimento Reformar para Mudar, com a participação do sindicato e de outras 21 entidades empresariais.
Chequer, líder do movimento Vem Prá Rua, afirmou que buscará aumentar a eficiência do governo estadual mediante privatizações, terceirizações e uma administração profissional dos R$ 220 bilhões de seu Orçamento anual. Descartou governar com base em composições eleitorais-partidárias que, a seu ver, responderam pelo inchaço da máquina pública e têm garantido a eleição dos governadores do PSDB nos últimos 24 anos em São Paulo.
O candidato afirmou estar disposto a dialogar com todos os partidos para levar adiante seu programa de racionalização das despesas, divulgando publicamente as resistências que encontrar por parte dos deputados estaduais.
A seu ver, os maiores obstáculos a seu programa de governo serão a estabilidade do funcionalismo público e a politização existente em esferas de órgãos como o Tribunal de Contas e o Ministério Público. Disse que pretende superar esses obstáculos por meio de motivação, treinamento e programas de demissão voluntária, no caso dos servidores, e de diálogo com as instituições mencionadas.
Com relação aos transportes, declarou que pretende manter as concessões de rodovias, porém exigindo redução dos valores dos pedágios nas próximas renovações, uma vez que serão necessários menos investimentos por parte das concessionárias e haverá mais segurança jurídica, possibilitando a diminuição das taxas de retorno. Acrescentou pretender que uma das condições para uma empresa vencer as próximas licitações das rodovias rentáveis será aceitar administrar as menos rentáveis do ponto de vista do retorno.
Na educação, disse que pretende uma administração mais eficiente das universidades públicas, cobrando dos alunos que podem pagar e dando bolsas de estudo parciais ou integrais aos demais.
Na segurança, defendeu deslocar para o policiamento de rua os policiais que realizam trabalhos administrativos e investir no treinamento e em equipamentos para os policiais civis realizarem o trabalho investigativo e preventivo. Para acabar com a rivalidade entre as polícias, tenciona fomentar a formação dos seus futuros membros em academias conjuntas.
Participaram da mesa dos trabalhos os presidentes do Secovi-SP, Flávio Amary; da Aabic, Rubens Elias; e da ADVB, Livio Giosa, além do diretor do Sinicesp, Carlos Laurito. Entre outros integrantes do Reformar para Mudar, compareceram os presidentes da Fiabci-Brasil, Rodrigo Luna; do Instituto de Engenharia, Eduardo Lafraia; da Apeop, Carlos Eduardo Jorge; e da Sobratema, Afonso Mamede, além dos vice-presidentes do Secovi-SP Basilio Jafet e Ricardo Yazbek. Compareceram ainda o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Municipal, Filipi Sabará, a vereadora Janaina Lima (Novo) e o ex-secretário municipal Andrea Matarazzo.
Os próximos encontros do Reformar para Mudar serão com os candidatos federal pelo PSDB, Geraldo Alckmin (18/6, às 8h30, no Instituto de Engenharia) e estadual pelo MDB, Paulo Skaf (26/6, às 12h, no Secovi-SP).

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