Casa Verde e Amarela: lançamentos caem 40% no primeiro trimestre 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Casa Verde e Amarela: lançamentos caem 40% no primeiro trimestre 

Conjuntura econômica também afetou as vendas imobiliárias, segundo a CBIC 

No 1º trimestre de 2022, os lançamentos de unidades do programa habitacional Casa Verde e Amarela (CVA) foram reduzidos em 40,4% e a oferta final em 11,1%, em comparação com o 4º trimestre de 2021. 

Os dados foram divulgados em 23 de maio pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Senai Nacional, em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. Foram coletadas informações de 196 cidades, sendo 25 capitais, de Norte a Sul do país. Algumas cidades foram avaliadas individualmente ou dentro das respectivas regiões metropolitanas. 

A participação dos lançamentos do CVA no total de lançamentos mostra a região Norte com 85%, o Nordeste com 51%, o Sudeste com 44%, o Sul com 32% e o Centro-oeste com 24%. 

Na mesma participação, em unidades vendidas, a região Sudeste lidera com 56%, seguido do Nordeste (52%), Norte (49%), Centro-oeste (40%) e Sul (36%). Já a participação da oferta final representa: Sudeste (46%), Nordeste (44%), Centro-oeste (31%), Norte (29%) e Sul (25%). 

De acordo com a CBIC, Para a redução dos lançamentos contribuíram principalmente o aumento dos preços e dos custos dos materiais da construção civil, a falta de confiança das empresas para realizarem novos lançamentos e a queda do poder aquisitivo das famílias. 

“Se o governo reagir rapidamente à redução das contratações do CVA dando maior viabilidade aos seus produtos, ainda teremos um resultado em 2022, próximo ao do ano passado”, afirmou o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci. 

Lançamentos 

O mercado imobiliário, como um todo, demonstrou queda no primeiro trimestre, especialmente no número de lançamentos e da oferta final – como consequência do aumento do preço dos insumos e da conjuntura econômica. Em comparação com o trimestre anterior, os lançamentos foram reduzidos em 42,5% e a oferta final em 7,6%. 

Segundo o presidente da CBIC, José Carlos Martins, entre o 2º semestre de 2020 e o 2º semestre de 2021, os lançamentos apresentavam um crescimento constante – depois o mercado aponta redução em relação ao pico mais alto. 

Martins também analisa que os empresários e as incorporadoras administram os impactos do aumento de custo em empreendimentos com obras em andamento. “Entretanto, para novos lançamentos é inevitável o repasse destes custos ao preço de venda”, disse. 

Em relação ao 4º trimestre de 2021, o Sudeste foi a região que mais registrou queda nos lançamentos com 52%, seguida da Região Norte (51,2%), Sul (39,7%), Centro-oeste (8,2%) e Nordeste (7,1%). Já em comparação com o 1º trimestre de 2021, as regiões Centro-oeste e Sudeste registram alta de 11,4% e 7,5%, respectivamente. As demais apresentaram queda: Sul (27,9%), Norte (5,7%) e Nordeste (1,7%).  

Vendas 

Em relação às vendas, existiu uma tendência de crescimento desde o 1º trimestre de 2017, mas a partir do 2º semestre de 2021, começaram a estabilizar. Em relação ao 4º trimestre de 2021, o número de unidades residenciais vendidas subiu 2,2%. 

Em comparação com o trimestre anterior, três regiões apresentaram alta: Centro-oeste (13,9%), Sul (13,4%) e Nordeste (8,6%). As outras regiões registraram queda: Sudeste (4,4%) e Norte (2,1%). 

Oferta final 

Em comparação com o 4º trimestre de 2021, todas as regiões brasileiras apresentaram queda: Sul (9,3%), Sudeste (7,3%), Nordeste (7,2%), Norte (7,1%) e Centro-oeste (5,2%). 

Já em relação ao 1º trimestre de 2021, as regiões Sudeste e Centro-oeste registram alta com 19,7% e 10,4%. As demais mostraram queda: Sul (9,9%), Nordeste (8,8%) e Norte (4,8%). 

Veja a apresentação.

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