Aumentos nos preços dos imóveis residenciais desaceleram em janeiro 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Aumentos nos preços dos imóveis residenciais desaceleram em janeiro 

Os preços dos imóveis residenciais novos continuaram em média aumentando nominalmente em janeiro, porém o ritmo da elevação desacelerou. É o que mostra o IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

O indicador cresceu 0,41% em janeiro, metade da taxa observada em dezembro de 2020 (0,82%). Em consequência, a variação acumulada em 12 meses do indicador registrou o terceiro mês consecutivo de desaceleração, situando-se em 9,60%, após ter registrado 10,28% no mês anterior.

De acordo com a pesquisa, os preços desses imóveis na cidade de São Paulo se elevaram em média em 0,84%, em janeiro, ante 1,39% em dezembro de 2020. Com isso, o aumento nos 12 meses encerrados em janeiro foi de 15,12%, contra 16,09% no acumulado de 12 meses até dezembro.

A desaceleração nos resultados mensais e acumulados em 12 meses foi observada em praticamente todas as dez capitais pesquisadas pelo IGMI-R, com exceção do Rio de Janeiro. Lá o aumento no mês registrou 0,12% (ante 0,73% em dezembro), mas a elevação em 12 meses foi de 4,51%, contra 4,35% no mês anterior.

Depois de São Paulo, registraram as maiores elevações no mês: Brasília (0,81%), Curitiba (0,57%) e Goiânia (0,42%). Ligeiras quedas ocorreram em Recife e Salvador (-0,07%) e em Fortaleza (-0,06%). Praticamente estáveis permaneceram os preços em Porto Alegre (0,1%) e Belo Horizonte (-0,01%).

No acumulado de 12 meses até janeiro, depois de São Paulo as maiores elevações ocorreram em Curitiba (10,24%), Brasília (9,12%), Porto Alegre (8,37%) e Salvador (8,21%). O menor aumento se registrou em Recife (1,53%).

Na avaliação da Abecip, os preços dos imóveis residenciais podem manter uma trajetória de recuperação ao longo do ano se efetivamente houver avanço na imunização para a retomada da atividade, se as reformas forem aprovadas e se medidas de estímulo como a retomada do auxílio emergencial forem implementadas.

“Em que pesem as dificuldades de curto prazo para essas questões, a perspectiva para elas em um horizonte mais longo ainda possui maior probabilidade associada a uma evolução favorável”, comenta a entidade.

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