Caixa espera elevar volume de crédito habitacional em 2022

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Caixa espera elevar volume de crédito habitacional em 2022

Anúncio foi feito em reunião conjunta de habitação econômica do SindusCon-SP e do Secovi-SP 

Alexandre Martins Cordeiro, superintendente nacional da Caixa Econômica Federal, anunciou que a Caixa espera conseguir elevar para R$ 160 bilhões o volume de financiamentos habitacionais que concederá em 2022. Isto representaria um acréscimo de 14% em relação aos R$ 140 bilhões de crédito habitacional do ano passado, que financiaram mais 600 mil unidades. 

As afirmações foram feitas em reunião do Comitê de Habitação do SindusCon-SP com a Vice-presidência de Habitação Econômica do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), em 17 de março. Conduziram o encontro Ronaldo Cury, vice-presidente de Habitação do SindusCon-SP, e Daniela Ferrari, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP e representante do SindusCon-SP no Conselho Municipal de Habitação de São Paulo. 

De acordo com Cordeiro, dos R$ 140 bilhões, R$ 82,8 aconteceram no âmbito do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e R$ 57,8 bilhões dentro do programa Casa Verde e Amarela. Para pessoas jurídicas, foram concedidos R$ 31,3 bilhões, financiando mais de 300 mil unidades. No Estado de São Paulo, foi financiada a produção de 139 mil unidades em 853 canteiros de obras. 

Ele destacou o aumento para R$ 2.400,00 da renda familiar, para enquadramento no Grupo 1 do Programa Casa Verde Amarela, o que deverá aumentar os financiamentos de habitação popular. 

Daniela destacou o bom trabalho da Caixa nos financiamentos às empresas em 2021 e sugeriu a retomada do foco nas pessoas físicas e nas medições. Cordeiro informou que essas preocupações estão na pauta da instituição e serão tratadas. 

Cury congratulou-se com o diligente trabalho da Caixa durante toda a pandemia. Manifestou preocupação com prováveis novas elevações dos preços dos insumos da construção e com a dificuldade de operar para as faixas de renda mais baixas, apesar de todas as medidas adotadas pelos governos e pelo Conselho Curador do FGTS nos últimos meses.  

Daniela disse que o SindusCon-SP e o Secovi-SP estão à disposição para encontrar soluções junto com a Caixa para destravar processos, tanto em relação às avaliações como no tocante aos aumentos de preços que deverão acontecer nos próximos meses. 

A vice-presidente também chamou a atenção para a mudança das características dos produtos habitacionais no município de São Paulo, onde foram lançadas cerca de 40 mil unidades no ano passado. Cury chamou a atenção para a necessidade de se elevar o valor máximo da renda familiar de R$ 7 mil para enquadramento no Programa Casa Verde e Amarela. A legislação da capital paulista enquadra para fins de habitação de interesse social famílias com renda de até 6 salários mínimos, o que já ultrapassa os R$ 7 mil. 

A reunião ainda contou com a participação de Gustavo Pereira Rosado de Sena, superintendente nacional de Pessoa Jurídica da Caixa, que se colocou à disposição para melhorar os processos internos da instituição financeira. 

Pode Entrar 

Cury chamou a atenção para a consulta pública da Prefeitura de São Paulo sobre o programa Pode Entrar, que pretende adquirir 45 mil unidades habitacionais ao longo deste e dos próximos anos. SindusCon-SP, Secovi-SP, Abrainc e Apeop deverão levar sugestões conjuntas à Prefeitura. 

Daniela apresentou uma proposta de montagem de grupos de trabalho para avançar em uma série de questões do segmento de habitação econômica, em curto, médio e longo prazos.  

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